O Colagénio é a proteína estrutural mais abundante nos tecidos conjuntivos, servindo importantes funções mecânicas no corpo, conferindo flexibilidade e integridade na estrutura de ossos, tendões, cartilagem articular e pele, estando ainda envolvido no armazenamento e libertação de mediadores, como citocinas e fatores de crescimento 1,2, contribuindo para o desenvolvimento de órgãos. Para além disto, também está diretamente envolvido na regeneração e reparação de tecidos (nomeadamente vasos sanguíneos, ossos e cartilagem), pela indução da síntese de macromoléculas na matriz extracelular, e na cicatrização de feridas 2–4. A sua capacidade imunomoduladora, por indução de células T reguladoras e produção de citocinas, está relacionada com a proteção do dano das articulações 5.
Por este motivo, a suplementação com Colagénio também tem sido usada em situações de distúrbios articulares e ósseos, como a osteoartrite, apresentando capacidade para diminuir dores articulares e tendinosas 4–6. Tem sido, ainda, utilizada na reabilitação de atletas lesionados, quando combinado com exercícios de recuperação 7.
A literatura científica indica que a suplementação com colagénio apresenta benefícios comprovados na melhoria de parâmetros de envelhecimento da pele (aumento da elasticidade, densidade e hidratação da pele e diminuição de rugas). O envelhecimento da pele resulta em modificações estruturais e funcionais das fibras de Colagénio, que diminuem com a idade, por isso a sua suplementação poderá ser vantajosa para a manutenção da saúde e aparência da pele. Neste sentido existem dois mecanismos de ação possíveis: a exposição direta de peptídeos derivados do Colagénio a fibroblastos que poderá aumentar a síntese de matriz extracelular; ou, por outro lado, o Colagénio poderá induzir as células T reguladoras, que melhoram os parâmetros de saúde da pele 6,8,9. A sua capacidade para retenção hídrica permite o seu uso como ingrediente funcional, tanto na indústria cosmética como na indústria alimentar 4.