As plantas do género Taraxacum, conhecidas como Dente-de-Leão, têm sido utilizadas há muito pela medicina tradicional no tratamento de distúrbios gastrointestinais e hepáticos e pela sua atividade diurética. A sua composição inclui lactonas, flavonóides, cumarinas, ácidos fenólicos e seus derivados, triterpenos e esteróides. As lactonas sesquiterpénicas são responsáveis pelo aumento da produção de bílis, observado em estudos in vivo com dente-de-leão, apoiando assim o uso tradicional da planta como estimulante digestivo e colerético, o que facilita a digestão dos alimentos com elevado teor lipídico. Outras atividades biológicas do Dente-de-leão têm sido estudadas, tendo especial relevância a sua atividade diurética, hipoglicémica, imunomodeladora, antimicrobiana, anticancerígena e na saúde feminina.1,2
Contém atividade anti-angiogénica, anti-inflamatória e anti-nociceptiva, através da inibição da produção de óxido nítrico e expressão da COX-2 e/ou da sua atividade antioxidante.2,3 Estudos sugerem que o extrato aquoso da raiz tem ação protetora contra a toxicidade induzida pelo álcool no fígado devido ao aumento do potencial antioxidante e diminuição da peroxidação lipídica.3
Estudos mais recentes associaram também este extrato a uma atividade inibitória sobre a lipase pancreática, dificultando a emulsão de gorduras e sua absorção a nível intestinal, o que sugere um interessante efeito anti-obesidade.4
A Inulina, uma substância presente no Dente-de Leão, possui também interesse fisiológico, já que ao atingir a parte inferior do trato gastrointestinal, após a sua ingestão, é fermentada, aumentando a população bifidobacteriana do cólon, o que lhe confere uma ação prebiótica. Deste modo, vai assim regular a concentração de colesterol e absorção de minerais.5