A Fumária trata-se de uma espécie espontânea oriunda da parte oeste da Europa e é tradicionalmente utilizada em situações de disfunção hepatobiliar, demonstrando também efeito diurético, colagogo e no refluxo gastroesofágico. Esta planta é muito rica em compostos polifenólicos e alcalóides, como a narceimina, narlumidina, metil fumarato, protopina, biculina e fumarilina.1–5
O conteúdo em protopina, o alcalóide mais abundante, confere-lhe atividade como relaxante do musculo liso e como colerético (auxilia na produção de bilis).1 In vitro, o extrato de fumária e as suas frações demonstram efeitos espamogénicos ou espamolíticos devido à presença de compostos colinérgicos e compostos que bloqueiam os canais de cálcio, o que pode explicar o seu uso, respetivamente, na obstipação e na diarreia.6
Além disso, apresenta também atividade hepatoprotetora da toxicidade induzida por certos medicamentos como o paracetamol e a rifampicina. Demonstrou também efeitos quimio-preventivos ao suprimir a carga tumoral e restaurar a atividade dos marcadores enzimáticos do cancro hepático. Além disso, os compostos presentes conferem-lhe também ação anti-inflamatória, antioxidante e anti-microbiana.6