A Gilbarbeira, de nome científico Ruscus aculeatus, é uma planta nativa de África e zona mediterrânica cuja raiz é utilizada na medicina tradicional. Os ingredientes ativos principais são as saponinas esteróides ruscogenina e neo-ruscogenina, sendo que outros constituintes também têm sido isolados, como é o caso de saponinas e sapogeninas esteróides, triterpenos, flavenóides, cumarina e ácido glicólico.
Estudos demonstraram que reduz a permeabilidade vascular e exibe atividade vasoconstritora e anti-elastase, o que explica a sua utilidade na insuficiência venosa crónica.1 Está listada pelas autoridades na Alemanha, como planta protetora de edema, oferecendo alívio de sintomas como prurido, pernas pesadas e cansadas, sensação de tensão e dor. Demonstra eficácia a nível do aumento do tónus venoso, e tem efeito anti-inflamatório, de impermeabilização da parede capilar e diurético.2 A sua aplicação tópica resulta na diminuição do inchaço, assim como acelera a recuperação de lesões como contusões e entorses e tem um efeito analgésico.1 É ainda utilizada como ingrediente ativo na melhoria da microcirculação e vasculite, como agente antimicrobiano e agente fleboterapêutico, pelas suas propriedades vasoconstritoras, venotónicas e antitrombóticas.3
Tem também um uso tradicional no alívio de distúrbios urinários (nefrite, cálculos renais), eczema e outros problemas de pele (verrugas, frieiras), artrite, hemorróidas, aterosclerose, colite, diarreia, dor abdominal e como leve laxante.4