O extrato de Ginkgo biloba é uma substância obtida a partir das folhas da árvore do Ginkgo, nativa da Coreia, China e Japão, sendo atualmente um dos dez agentes fitoterápicos mais utilizados em todo o mundo. Esta erva medicinal possui dois componentes farmacologicamente ativos: os terpenos e os flavonoides, entre eles a quercetina. Os estudos revelam que os alvos farmacológicos primários destas substâncias são o sistema cardiovascular, nervoso e endócrino, revelando benefícios especialmente a nível da capacidade cognitiva e de concentração.
O Ginkgo biloba aumenta a circulação sanguínea cerebral e periférica, reduz a permeabilidade vascular, melhora o tónus venoso e relaxa o músculo liso vascular. Além disso, reduz a agregação plaquetária, diminui a tensão arterial, aumenta a insulina e diminui a secreção de cortisol. A literatura científica diz-nos ainda que a sua ação neuroprotetora pode ocorrer por ação direta nos neurónios ou por efeito indireto via modulação do fluxo sanguíneo e bloqueio das reações bioquímicas das plaquetas ou pela sua ação antioxidante. As suas propiedades anti-inflamatórias serão devidas à inibição das atividades das cicloxigenases, lipoxigenases e da fosfodiasterase-4.
Por apresentar todos estes efeitos benéficos, o Ginkgo biloba tem sido amplamente utilizado em diferentes tipos de demência, doença arterial periférica, acidente vascular cerebral isquémico, degeneração macular, autismo, circulação sanguínea insuficiente, depressão, vertigens e como modulador dos efeitos secundários de algumas terapias oncológicas.1,2