A graviola, de nome científico Annona muricata, é uma árvore de fruto, distribuída por regiões tropicais e sub-tropicais, sendo que várias porções da planta podem ser usadas para fins medicinais.
Tem uma composição fitoquímica diversa incluindo alcalóides, carotenóides, vitaminas, minerais e compostos fenólicos, que lhe conferem vários efeitos benéficos a nível do sistema imunitário e como antioxidante.1,2 Apresenta-se também como anti-inflamatório, anti-pirético, anti-microbiano, hipotensor, analgésico, cicatrizante, antidiabético, hepatoprotetor, antiparasitário, antiartrítico, anticonvulsionante.3,4 A graviola é ainda utilizada na cistite, insónia, reumatismo, para aumentar a secreção de leite nas lactantes e como adstringente na diarreia e disenteria.
Muitos estudos sugerem também que várias partes da planta apresentam atividade anti-proliferativa. No cancro do pâncreas demonstraram inibir a viabilidade e mobilidade e induzir apoptose de células cancerígenas in vitro, e demonstraram suprimir o crescimento tumoral e metastização in vivo. Em células de cancro da mama, a graviola causa apoptose in vitro e inibe o crescimento tumoral também in vivo, tendo sido encontrados resultados semelhantes em células do fígado.5,6
A nível toxicológico, o consumo excessivo de produtos provenientes de espécies Annonacceae poderá provocar efeitos neurotóxicos devido à sua composição em alcalóides e acetogeninas. Estas substâncias demonstram ser tóxicas para as células dopaminérgicas ao prejudicar a sua produção de energia. Como tal, o consumo de graviola apresenta grandes efeitos benéficos mas deve ser feito com moderação, sempre dentro das doses recomendadas.7